Amante:
“Que sentimento é esse?
Que me faz calar, quando é para falar;
Que me faz parar, quando é para agir;
E que me faz temer e sofrer diante do
‘obejto’ amado.” (Sidney Carlos)
Amado:
Pois bem, a ti pergunto, sem também não compreender.
Por que paraste? Não agiste?
Por que não falaste o que estais sentindo?
Esse sentimento que te faz calar, não falar, não agir,
Temer e sofrer diante do ‘objeto’ que dizes tanto Amar.
Será que não sou a tua metade,
Não estou mais te satisfazendo,
E até te deixando sem jeito e sem fala ao me olhar.
Não me amas mais, tenho certeza!
Amante:
Oh, doce ternura que és minha,
Como não posso mais te amar,
Se o tal sentimento que te falei agora a pouco é esse.
Te amo tanto que a cada inspiração que faço, é por ti que dou.
Pois vivo em função única de simplesmente te amar.
Não falo, porque não sei o que falar diante e para ti,
Como medo de ti falar algo inconveniente, bruto e mau,
Assim te magoando.
Não ajo, com medo de fazer algo que machuque tua infinita beleza.
Temo e sofro, porque[...] (interrompido pelo Amado)
Amado:
[...] porque és tolo, um tremendo tolo,
Por simplesmente não conseguires me dar um beijo,
Apenas um beijo, doce e suave,
Onde irás mostrar o quanto me amas de verdade.
Amante:
É aí, onde se enganas, tenho medo que eu possa esmagar,
Machucar esses seus lábios que me parecem ser iguais
À pequenas flores rosadas, tão linda, raras até de se encontrar.
Amado:
Tolinho, esqueces tudo isso,
Pois és ótimo só em palavras pelo visto.
Já eu sou ótima em gestos, demonstrações.
Portanto, como já me ensinaste a falar palavras bonitas,
Agora é minha vez de lhe mostrar o que sei sobre o Eros,
Sobre o Amor e Amar.
Um exemplo, até simples e fácil.
Um beijo.
[E assim, o Amado beijou a Amante! Quebrando uma idéia de que sempre existe o que ama e o que é amado, todos nós podemos Amar e Amados Ser. ^^]
(Eduarda Lima)
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